Nota: Hoje começa o “Fotozine Entrevista”, uma série semanal, onde o entrevistado da semana escolhe o próximo entrevistado.
Desta maneira, podemos mostrar um pouco mais da vida daqueles que direta ou indiretamente contribuem com o jornalismo através dos mais variados tipos de veículos de comunicação.
É uma pequena homenagem que o Fotozine presta a todos aqueles que exercem a sua profissão com carinho e dedicação.
Fotozine – Os bastidores do Jornalismo, com uma pitada de humor!
De São Manuel para o mundo
Nome: Marcelo Pascotto
Idade: 27 anos
10 anos no jornalismo
Veículo atual: Jornal – Grupo Mogi News
Com “típínho” interiorano, o jornalista Marcelo Pascotto, de 27 anos, conquista as pessoas em pouco tempo. Isto graças ao seu carisma e grande profissionalismo obtido em dez anos de jornalismo. Nesta entrevista Pascotto revela a sua paixão pela profissão e reforça o que todos a sua volta já sabem: o jornalismo faz e sempre fará parte de sua vida.
Com “típínho” interiorano, o jornalista Marcelo Pascotto, de 27 anos, conquista as pessoas em pouco tempo. Isto graças ao seu carisma e grande profissionalismo obtido em dez anos de jornalismo. Nesta entrevista Pascotto revela a sua paixão pela profissão e reforça o que todos a sua volta já sabem: o jornalismo faz e sempre fará parte de sua vida.
FOTOZINE: Por que jornalismo?
MARCELO PASCOTTO: Desde pequeno sempre quis fazer jornalismo. Sempre tive essa vontade de trabalhar, principalmente assim: eu gosto de trabalhar para o bem das pessoas. Encontrei no jornalismo uma forma de fazer isso. Levando informação, prestação de serviço, enfim, esse foi o principal motivo que me levou a fazer jornalismo. Na minha família não tem nenhum jornalista. Eu sou o primeiro.
FZ: Separando esses 10 anos em duas partes, quais foram as principais mudanças?
MP: Os cinco primeiros anos foram de aprendizado. Eu não sabia muita coisa: o que é realmente uma notícia, o que é realmente trabalhar uma matéria, um texto bem feito e elaborado. Nos últimos cinco anos, eu coloquei tudo isso em prática. Eu comecei a atuar no jornalismo comitantemente fazendo a faculdade. Eu fazia graduação e já iniciei no jornal, foi um momento muito bacana que eu pude colocar em prática o que eu aprendia na sala de aula, foi muito bom. Na prática, o jornalismo não mudou em um modo geral, mas quando você esta começando, tudo é notícia e tudo é novidade. Mas quando você já tem certa experiência, você vai vendo que nem tudo é novidade e nem tudo é noticia, mesmo porque, quando é noticia pra você, para o veiculo não é, e quando é pro veiculo, pra você não é, então é uma relação que você tem que afinar conforme a sua experiência no jornal.
FZ: Como você entrou no mercado de trabalho?
MP: Foi ate engraçado: um dia eu brinquei com um amigo de Botucatu (cidade vizinha de São Manuel, sua terra natal) e perguntei: “Não tem uma vaga no jornal que você trabalha?” e ele disse: “Tem. Você quer que eu fale de você?” e eu: “Quero!” – No outro dia me contrataram e de lá eu nunca mais parei. Lógico que mudei de veículo, mas nunca mais parei.
FZ: Qual foi a cobertura mais importante da sua carreira?
MP: Eu vou colocar essa pelo desafio. Foi a cobertura da visita do Papa Bento 16, em 2007. Eu consegui sensibilizar o jornal onde eu trabalhava em Botucatu de que era importante a gente retratar, por exemplo, a vida de algum botucatuense pras missas e tal. O jornal comprou a ideia. Eu vim com uma máquina “lambe-lambe” que eu não consegui tirar foto nem a 20 metros do Papa, enfim, foi uma cobertura interessante. É lógico que eu não consegui chegar perto do Papa, mas eu consegui trazer coisas que outros repórteres não conseguiram, como por exemplo, falar com a mãe da menina que recebeu a homenagem do Papa. Eu que a puxei e todo mundo veio em cima de mim. Fiz uma cobertura comitantemente com uma rádio de Botucatu - o jornal tinha parceria com uma rádio local - eu tentava entrar no Anhembi que estava lotado, com o celular na orelha para passar as informações.
FZ: Quais são os seus planos profissionais para o futuro?
MP: Continuar no jornalismo, que é minha paixão. É um casamento insolúvel, eu não me vejo fazendo outra coisa que não seja o jornalismo. Eu gostaria muito de ir pra a televisão. Eu já tive uma experiência no rádio que adorei, mas nunca tive na televisão. Eu fui fazer jornalismo porque gosto da superação da televisão, acho um veículo muito interessante, bacana, por isso eu gostaria em um futuro chegar na TV.
FZ: Se jornalismo não existisse, o que você seria?
MP: Talvez fosse jornalista clandestino ou inventaria o jornalismo (risos), mas talvez eu teria pendido para o Direito com certeza. A minha família inteira é de advogado e só eu fui ovelha negra (risos).
FZ: O que você costuma fazer nos dias de folga?
MP: Eu gosto de ler muito e eu arrumo serviço fácil. Justamente no jornalismo eu invento de fazer jornalzinho de padre, que dá um trabalho, jornal de paróquia... eu não consigo ficar parado. Sabe, é difícil eu ficar sem fazer nada. Mas quando eu estou parado gosto de ver televisão, assistir filmes de guerra, de luta, de cruzada, de ação, etc... Agora como casado ajudo minha mulher nos afazeres domésticos. Mas quando eu morava com a mãe não acontecia isso, mas agora acontece e eu vejo que eu tenho que ajudar.
FZ: Já precisou recuar?
MP: Varias vezes. No trato com o poder publico, às vezes a gente tem que recuar, a gente vai lá pra discutir, botar contra a parede, mas, nem sempre, as vezes com razão é uma medida eficaz pra você conseguir aquilo que você quer. Tudo isso pra não prejudicar uma possível outra matéria
FZ: Cena mais triste que você já viu?
MP: Morte de criança! Morte geralmente causa comoção, mas morte de criança realmente dá uma comoção muito forte. Outra coisa é ver o sofrimento dos parentes e amigos da vitima.
FZ: O que o jornalismo tem que nenhuma outra profissão tem?
MP: Quando você está na rua você é repórter de rotina: você chega no emprego e não sabe o que vai ter. Isso é um negocio que só o jornalismo tem, pode ser que outras profissões tenham algo parecido, mas, no jornalismo é especial, você não sabe o que vai enfrentar. Isso você só vai encontrar no jornalismo. Você sabe que você vai ter que escrever a matéria, mas o que vai ter que escrever você nunca sabe.
FZ: Quem são os seus ídolos no jornalismo?
MP: Clovis Rossi, Ricardo Kotcho, Laurentino Gomes, amigos do MN entre outros
FZ: Ser Jornalista é?
MP: Ser cidadão!
Edição: Vivian Turcato/Fotozine/Diário do Alto Tietê
Nenhum comentário:
Postar um comentário