Em meio à multidão ele dirige seu olhar para o caminhão, cerra os olhos para tentar amenizar os raios solares, parece não acreditar no que está vendo, ele sabe que aquela situação que passa em seus olhos é muito mais confortável do que continuar andando a passos largos para acompanhar as animadas pessoas que andam ao som de sertanejo.
Jonny tem sono, calor, sede.
Não pensou duas vezes, em um ato quase que instintivo, parte em um trote desesperado em direção ao caminhão de som, um caminhão sem muitas dimensões, mas, grande o suficiente para suportar confortavelmente um terceiro fotógrafo.
Ele não corre mais rápido porque o peso de seu equipamento o limita, mas sabe que alguns longos segundos serão suficientes para se aproximar do caminhão.
Ao se aproximar, Jonny Ueda dá um pulo digno de deixar uma jaguatirica com inveja, alcança a primeira remessa de escadas e inicia uma louca escalada com o veiculo em movimento.
Jonny não quer mais andar, não é justo que depois de ficar de plantão desde as quatro horas da manhã, ele tivesse que andar quilômetros.
Ele sobe, e sobe com um sorriso no rosto, sabendo que ali em cima tem uma visão privilegiada, sabe que as fotos de tão boas, ficarão a disposição da capa, e sabe que não terá mais que andar. Jonny está feliz.
Fotozine, que pena que acabou, Adriano! Além de ótimo fotógrafo, manda muito bem nas palavras.
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